
Em 1987, a Forbes publicou pela primeira vez a sua lista de multimilionários, apresentando 140 indivíduos com uma riqueza combinada de 284 mil milhões de euros. Naquela época, o homem mais rico do mundo era o magnata imobiliário japonês Yoshiaki Tsutsumi, com 19,2 mil milhões de euros. Hoje, o título de pessoa mais rica do planeta pertence a Elon Musk, com 404 mil milhões de euros — um valor cerca de 21 vezes superior ao de Tsutsumi no seu auge, o que ilustra a magnitude do crescimento das fortunas nos últimos anos.
Nos dias de hoje, destaca-se uma nova categoria de riqueza: os supermilionários. Definidos como aqueles que possuem uma fortuna de pelo menos 50 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros), este grupo agora inclui 24 indivíduos. Esses supermilionários representam mais de 16% de toda a riqueza dos multimilionários globais, o que equivale ao PIB nominal de França, totalizando 3,17 biliões de euros.
Supermilionários
Entre esses 24 superbilionários, 16 são centimilionários, com uma fortuna superior a 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros). Além disso, observa-se uma forte concentração de riqueza no mercado imobiliário, onde acumulam mansões de luxo, especialmente nas principais cidades como Nova York, Los Angeles, e Miami.
A ascensão deste novo perfil de multimilionário coincide com a explosão do setor tecnológico, onde a maioria dos supermilionários fez a sua fortuna. Elon Musk (Tesla, SpaceX), Jeff Bezos (Amazon) e Mark Zuckerberg (Meta) são alguns exemplos de líderes de empresas que impulsionaram esse fenômeno.
Ao contrário das gerações passadas, cujas fortunas provinham de indústrias como petróleo, aço e ferrovias, os multimilionários atuais vêm do setor tecnológico. Esses empreendedores conseguiram acumular riquezas imensas em apenas alguns anos, à medida que a tecnologia e a globalização criaram novas oportunidades de negócio, explica a ‘Forbes’.
Em contraste com os herdeiros das grandes fortunas do passado, a maioria dos supermilionários de hoje fez a sua riqueza de forma independente.
Além disso, apenas três mulheres fazem parte deste seleto grupo, e a grande maioria desses supermilionários reside nos EUA, com apenas sete a viverem fora do país.
Com o crescimento contínuo da riqueza multimilionária, muitos especialistas acreditam que, nas próximas décadas, poderemos testemunhar o surgimento do primeiro trilionário da história.